quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Foi passado, é presente e não será futuro.

Eu adorava a forma que você me dizia que eu ficava linda bravinha, e gostava ainda mais quando me fazia ficar bravinha só para dizer isso. Me derretia por todas as vezes que me fez ficar preocupada com você, porque eu me sentia na obrigação de te proteger de todos, você era meu bebê e ninguém podia te fazer mal, nem eu mesma. Amava todas as vezes que você me convencia que eu era a única pra você, por mais ciumenta que eu fosse, eu sei que não se pode possuir pessoas, mas você era um pedaço enorme meu que eu não podia perder pra ninguém, você era eu sabe? Você me fazia sentir como a única garota no mundo, a única que conhecia o seu coração. Odiava brigar com você, mas de uma forma misteriosa fazer as pazes sempre era incrível e sempre me fazia fascinar mais por você, eu era completamente fascinada por você. Nossa, eu poderia citar aqui todas as qualidades que eu gostava em você, e todos os defeitos que eu amava, mas escrever todas essas coisas usando o tempo passado está machucando muito, me matando aos poucos e me fazendo ver a única coisa que eu não gosto em você: o jeito que você me faz sentir por estar partindo da minha vida, a única coisa que eu posso dizer no tempo presente. E dói ainda mais dizer que não chegarei a escrever nada nosso usando o futuro. - Isabella Cancio.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Linda Rosa.

Você vai olha - la e ver a rosa mais delicada que alguém já viu, com suas pétalas tão frágeis e quase intocáveis de tão perfeitas e sutis. Mas lembre - se: Até as rosas mais singelas e gentis tem seus espinhos afiados prestes a te ferir quando for preciso. Mas isso não faz da rosa má e nem a deixa menos bela, mas é que as aparências mais indefesas e belas são as que precisam ser mais duras e certeiras na hora de se proteger.  - Por Isabella Cancio.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Essa timidez que me consome.

Sabe aquela cena típica de filmes que a pessoa está num cômodo que é uma armadilha, e de repente as paredes começam a fechar ao redor da pessoa, a aprisionando e encurralando? Então, é assim que pelo menos eu me sinto em relação a timidez. 
Não é nada pessoal com você ou qualquer pessoa ao nosso redor, mas é que nós, os tímidos, simplesmente as vezes não conseguimos ultrapassar esse muro que inventamos em nossa mente que nos separa de você. Não é complexo de superioridade, nariz empinado ou qualquer outro desses comentários que são feitos, porque é isso o que as pessoas vêem, o que é mais cômodo pra elas, é apenas um medo de não agradar, do julgamento alheio. É como se naquele exato momento todos no recinto estivessem te olhando e julgando seus pontos fracos e defeitos, prontos para atirarem pedras.
É difícil pra nós quebrar essa barreira, mas gosto de pensar que os tímidos são um pouco mais seletivos que os extrovertidos, não que isso faça de nós mais especiais, apenas diferentes. E sabe por que digo seletivos? Porque não ousamos fazer essa travessia da timidez para a socialização se for por qualquer um, se realmente não valer a pena. Não é que todos não sejam bons motivos, mas quantidade nunca foi qualidade, apenas aspiramos que a pessoa nos dê um bom motivo para ultrapassar todo o medo e julgamento ao sairmos da nossa câmara que nos sufoca.
Acredite, escrever foi o meu ato mais corajoso para deixar a timidez. Porque escrever é concreto, não tem como você mudar nada, fora que a escrita não é só o que eu digo, e sim também o que vocês ai interpretam. E eu não vou poder dizer que palavras se perdem ao vento, estará tudo gravado aqui para quem quiser ler e entender, eu não vou poder contar com o esquecimento, existe algo mais corajoso que isso? Fora que você que lê qualquer coisa que eu escreva, deve me conhecer mais do que a mim mesma, poderá apontar cada vírgula e brecha da minha singularidade, simplesmente me entrego a vocês sem temor, acho que enfim venci a minha timidez.
E se você aí se for tímido como eu fui, se quiser, pode se mostrar a mim. - Por Isabella Cancio.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Me sinto fria, anestesiada, uma pele morta que não responde mais aos estímulos. Isso tudo causado pelo o (des)amor, mas o amor não devia fazer bem? Mas sabe, as vezes quando o amor é grande demais as circunstâncias não o suporta, e ai acaba estragando toda a beleza do amor, acaba o amor sendo contagiado com sua fraqueza. E você que sente todo o amor e está no meio dessas tristes circunstâncias acaba sendo envenenada pouco a pouco com tamanha frieza, vai tudo esfriando, se esvaindo, e sua capacidade de sentir junto. - Isabella Cancio.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Sexo antes, amor depois.

É uma daquelas histórias bem cotidianas, luxúria e amor, existe algo mais normal que isso? Alguém em busca de momentos e outro em busca apenas daquele momento, corriqueiro. Por ser assim, mais cedo ou mais parte mais essa experiência baterá a sua porta e depois virará mais um parágrafo do seu livro de aventuras, é assim que a vida tem que ser.
O combinado era esse: Uma noite, apenas uma noite para sexo e amor (se é que se pode chamar de amor algo de uma noite), mas era assim que teria que ser. Ela o queria tanto quanto ele a queria, talvez de forma diferente, talvez muito mais, talvez da mesma forma, mas eles se desejavam, estava escrito em seus olhares.
Então se encontraram em algum barzinho desses da vida, entre seus amigos, nem foi preciso palavras, apenas o beijo ardente que falava mais do que qualquer palavras. Depois desse, vieram mais inúmeros beijos, cada um com uma nova sensação, cada um querendo descobrir mais sobre o outro, como se quisessem gravar cada vírgula do outro para que pudessem lembrar-se daquele momento com a maior precisão possível. Não demorou muito pra que ele a levasse para um canto escuro qualquer e começasse a passear com suas mãos por cada curva tão desejada da menina, que não ficava para trás e começaria então a provoca – lo, ela estava disposta a jogar o jogo dele, já que era assim a única forma de pelo menos te – lo por uma noite.
A cada toque uma nova sensação, a cada nova sensação menos fôlego e mais excitação, se ficassem ali por mais algum tempo cometeriam um atentado violento ao pudor, mas graças ao esperto rapaz eles preferiram continuar aquele momento em seu apartamento, já que morava sozinho. Permaneciam mudos, apenas com trocas de olhares, cada olhar mais significativo, mais profundo que continuava a dispensar palavras.
Pode – se até a começar a achar que um sentimento começou a surgir no menino, já que não era normal ele segurar a mão de sua companheira para apenas saciar mais um de seus desejos, afinal, quantos milhares de desejos ele já não havia saciado? Ela seria mais uma, com a sua singularidade, mais apenas mais uma. Ele começou a perceber que ela seria especial, não sabia até que ponto e nem quanto duraria, mas ela seria.
E então chegaram ao apartamento, com paços lentos, nem pareciam ter todo aquele desejo reprimido, até adentrarem ao recinto e a porta se fechar, a partir daquele momento nada mais importava: sem olhares, sem vozes, sem roupas, apenas ele e ela e era assim que deveria que ser. Eram beijo intensos, como se um quisesse absorver o outro, e aos poucos e até com uma certa delicadeza as roupas dela começavam a sair de seu corpo, a cada peça retirada um novo olhar dele, como se fosse uma surpresa a cada minuto, ele a olhava com um sorriso indecifrável para ele, mas agradável, não era apenas luxúria, mas algo não decifrável. Ele queria gravar cada milímetro daquele corpo que despertava tantas sensações nele, sensações as quais ele queria poder lembrar com clareza. E então ela estava despida, ali a sua frente, seu corpo quase expelia fumaça tamanha a sua excitação com aquela visão.
Começava agora a vez dela, que ao contrário dele, deixava bem clara em sua expressão que o seu olhar era de amor, que o contemplava como seu amor, seu príncipe, e assim despia o seu amado, sem pressa, mas rápido. Ela queria ter aquela lembrança pra sempre, contemplar cada músculo, cada pinta já que até a onde ela sabia essa seria a única vez. E ela, ao contrário dele, o despiu com uma velocidade bem maior, o que facilitou tudo o que começaria a partir de então. Ela o olhava com desejo e amor, ela o desejava, seus corpos se encaixavam precisamente como se fossem feitos um para o outro, ela já sabia disso e amava, já ele estava descobrindo e de certa forma começando a gostar de idéia, ninguém tinha feito ele sentir o que aquela menina apaixonada estava fazendo e apenas uma noite, que nos pensamentos dele já era certo haver a segunda, mas ela ainda não saberia disso. Não ainda.
E então eles começaram a proporcionar prazeres um ao outro, com toques, carícias, beijos e amassos. Mas mal sabia ele que ela teria o escolhido para ser o primeiro te - la completamente, porém quando ele percebeu já havia consumado o fato e não havia mais volta: ele estaria pra sempre marcado pra ela, ele chegou a sentir medo, um medo enorme de ferir os sentimentos dela, algo que ele não se importava muito até então. Mas eles estavam felizes ali, era como se o mundo lá fora não existisse, eles podiam gemer, gritar e até fazer juras um ao outro, só eles importavam naquele instante. E então ambos chegaram ao ápice, muitas vezes diga – se de passagem, pois o toque de cada no outro era como uma corrente elétrica, era algo sobrenatural.
Mesmo que quisessem prosseguir, o corpo não aguentava mais, pelo menos por algumas horas teriam que descansar para talvez depois prosseguirem aquele momento tão delicioso. E então eles adormeceram, ela aconchegada nos braços dele, e ele a segurando como se nunca quisesse perde – La, e realmente ele passou a não querer.
Acordaram no outro dia, um tanto quanto se graça, e enfim o silêncio foi quebrado. Eles tomaram café e conversaram, pareciam até um casal de namorados, o que fez com que a menina se espantasse, mas não iria estragar aquele momento.E então ele tomou coragem pra dizer tudo o que havia sentido nessa noite, que ele não suportaria que fosse só por uma noite, que se antes era apenas sexo, durante essas horas se transformou em amor. No caso, não se transformou, foi descoberto, ele descobriu que a amava e precisava dela ali, eles foram feitos um para o outro, era um encaixe perfeito. Ela o ficou olhando por alguns segundos bem no fundo dos seus olhos pra ver se via algum vestígio de mentiras, mas não, só encontro amor, sinceridade e muitas outras coisas belas. E então ela o abraçou, não disse que sim, mas também não disse não, apenas lhe deu um beijo e disse: nunca solte a minha mão. E eles continuaram o que começaram na noite anterior, e continuariam por muitas outras noites já que ele era dela e ela era dele, era assim que tinha que ser e assim foi, só assim eles eram felizes. - Por Isabella Cancio.

Don't go away.


Como eu não queria saber do fim antes do começo, mas apenas descarregaram toda a verdade sobre mim, sem dó nem piedade, tudo aí, coma o quanto quiser, absorva quanto quiser e chore até explodir, mas tudo está ai pra quem quiser ver. Eu amo verdades, elas não me ferem e nem me abalam, mas essa doeu de uma forma entorpeceste, fiquei fria, gelo, estagnada. Eu não quero e nem posso te perder, posso te falar isso? Essa é a minha verdade, eu não quero que seja sem você, por favor não se vá. Tinha que virar realidade dessa vez, só dessa vez, por que já vejo o fim? Vejo que na sua vida, o meu espaço se extinguirá e o seu ficará em aberto na minha, me causando uma dor e um vazio infinito. Sabe o tal do infinito? Ai está um dos motivos dele. Eu preciso esquecer desse fim, quero gravar cada palavra doce sua, cada vírgula pra que quando você se for, eu possa me confortar nessas lembranças. - Por Isabella Cancio.
Sou inteira, me basto, mas sou um inteiro em pedaços. Um cubismo humano ambulante, para ser apreciado por quem estiver disposto, e até ser incrementada por quem se dispor a isso, mais saudades, mais amor, mais corações partidos, mais pedaços de você em mim e mais pedaços de mim em você, inteira em pedaços. Eternamente em composição. - Por Isabella Cancio.
Se é pra desejar algo bom, fecharei os olhos e desejarei que todos os que estão distantes se acheguem. E que nunca mais se afastem. - Por Isabella Cancio.

sábado, 23 de outubro de 2010

Eu sou mesmo exagerado.

É tão lindo ver aquele coro de jovens metidos a imortais cantando "exagerado, jogado a seus pés eu sou mesmo exagerado, adoro um amor inventado!" mas é fácil testar até onde o amor deles vai. Mas na verdade, eles amam? Acho que não, até porque pro amor não tem limites, mas não é esse o assunto em questão.
Se toda loucura é perdoada por amor, que ele nos faz ser exagerados, por que então quando alguém está disposto a mover chãos e mares é julgado? Então o amor tem limites e suas loucuras em nome dele também? Se é amor não há limite, então acho que isso não é amor. E você sabe o que é amor? Sabe até onde iria por ele? Eu não sei até a onde iria, mas acredite, já quis ir muito longe, mas fui freada por essa "geração exagerada". São tantas contradições, parece que as coisas são lindas só para serem faladas, na prática é louco demais, exagerado demais. Mas você não era exagerado jogado a meus pés? É simples, apenas pense se você realmente está disposto àquilo que você está falando, e se estiver faça quando necessário, se não nem diga nada, apenas aplauda a os verdadeiros exagerados por tamanha coragem, pois realmente a loucuras deles são perdoados porque metade deles é amor ... a outra metade também. - Por Isabella Cancio.

terça-feira, 5 de outubro de 2010


Entre duas pessoas sempre há uma que ama mais, quem dera não fosse eu sempre. Não é qualquer pessoa que consegue se expor completamente sem medo e sem pensar nas duras conseqüências que isso trará, é mais confortável estar sob aquela película espessa que parece uma fortaleza contra machucados ou sensibilidade. Ser eternamente apaixonada requer pagamentos de altos preços e de abertura de muitas feridas, se entregar completamente ao outro e só esperar o sim ou o não é um risco que ninguém quer correr, todos preferem ser quem diz o sim ou não, preferem ter alguém a ser de alguém. Mas não adianta, ninguém é propriedade de ninguém, e essa incerteza de que a pessoa estará ali sempre é o que mais dói, contar com a possibilidade de que um dia ele vá dizer adeus sem ao menos dar uma explicação é amedrontador, pois você apenas pode assistir ele indo e toda a sua felicidade junto a ele.
E então você jura aos sete ventos que nunca mais ninguém irá te fazer sofrer um terço do que aquela pessoa fez, mas ai você se engana, pois o próximo te faz sofrer o triplo, é como se fossemos fadados a ver partidas e sofrer sempre. Você fica ali sentada apenas esperando o próximo vir, avassalar seu coração e um belo dia abandona – La, por mais que você ache que dessa vez será diferente o mesmo filme se repete dia após dia.
Mas então, o que te leva a ser atriz principal desse filme de novo? É fazer as próprias feridas persistir nisso, mas é preferível viver assim a nunca se expor e ter medo disso.  É preferível sentir do que se acorrentar pra sempre à aquela película protetora que tira todos os seus sentidos. Até porque morrer de amor, é viver dele. - Por Isabella Cancio.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Uma imagem vale mais que mil palavras

"As fotografias que também são  poéticas, revelam a luz como quem usa as palavras e definem composições  como quem constrói versos. Estudadas ou espontâneas, umas vezes rimam e  têm métrica, outras tantas são livres e sem amarras gramaticais. De  qualquer destas formas podem nascer os mais belos "poemas", que revelam  os sentimentos e a genialidade de quem os faz.... e que tocam o ser de  quem os "lê"!  Banal ou invulgar, belo ou feio, claro ou confuso, rico  ou pobre, perto ou longe, novo ou velho, morto ou vivo, grande ou  pequeno, alegre ou triste... Tudo é relativizado na fotografia, tal como  o valor e o significado que palavras iguais podem ter na escrita de  poetas diferentes.  Há fotografias poema e há poemas com mil imagens!"

sábado, 11 de setembro de 2010

Eu tentei escrever algo bonito de se ler, mas sobre você não dá pois você é belo demais perto de meras palavras. - Por Isabella Cancio.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Destino

" De óculos escuros eu vejo o que você não vê. " - Forfun

O corpo padece.

Gelo invertido, talvez essa fosse a melhor representação da pessoa em questão, pois o gelo normalmente é sólido no seu interior e se derrete no interior, antes fosse assim. Pois bem, ao contrário disso, por fora somos frios e por dentro derretidos, um lindo paradoxo de fogo e gelo, pois se tudo do interior viesse a tona seria um verdadeiro incêndio, porém as chamas são contidas por cercas de gelo.
Você até pode fingir não ligar para as coisas que te cercam, se fazer de durão, mas quando recostar a sua cabeça no travesseiro verá que dói mais do que você aparenta. Talvez você nem sinta tristeza ou raiva, que realmente seja sem sentimentos aparentemente, mas seu corpo dará sinais que irão te relembrar que aquilo ta ali e corrói e mata você a cada minuto que você fingi ignorar.
Aquele enjoo e dor de estômago, as constantes dores de cabeça, a insônia, o cansaço e outros sintomas não são apenas sinais de que seu corpo adoece por algum vírus ou bactéria, seu corpo padece por outra doença que nenhum remédio saciará de imediato, seu corpo padece de dor. E acredite, dizer que está bem e estampar belos sorrisos no semblante não amenizam tal dor, fingir ser consentâneo só piora as coisas. Você sabe que na sua parte mais recôndita aquele sentimento avassalador ta ali fingindo ser adormecido, mas ele não mente a todo instante e faz com que seu corpo implore pra que você cure suas feridas da alma, você é o seu próprio médico nessa situação.
Não adianta dar uma de cego que não quer ver, pois seu corpo faz questão de escancarar não só para que você veja, quem quiser ver perceberá tamanha é sua dor, você se torna mais vulnerável, exatamente o que você não queria já que o plano era ser totalmente forte, engano seu. Fingindo ser invencível você se tornará cada dia mais vencível, logo podemos perceber que deve - se parar de fingir e começar a ser. Se você aguenta tudo isso, o seu corpo não e sem seu corpo ficará difícil viver.
Curando as feridas da alma consegue - se fechar qualquer ferida do corpo que provém dela, mas padecer da dor é difícil, é como estar preso num local onde as paredes vão se fechando ao seu redor até você ficar encurralado, mas só você tem o poder de destruir as paredes. - Por Isabella Cancio.

domingo, 5 de setembro de 2010

Muito bem, obrigado.

Auto suficiência deveria estar prevista na constituição federal, pois fazer alguém sofrer é crime sem rastro, é surra sem hematomas, é assassinato sem tiro. Mas esse crime sem provas ainda não está previsto por lei, por mais que tenha inúmeras vítimas, mais até do que se possa imaginar.
Então tentamos achar alternativas pra fugir de tal crime, por mais que fazendo isso as vezes o cometamos, mas é um preço que se paga.
Mas acredite, frieza é o pior dele, fingir não está nem ai corrói de uma forma avassaladora, porque você sabe que está ai e luta contra isso, uma luta interna que sabemos que ninguém ganha, mas seu coração perde muito. Mas continua assim, o mundo cai, seu coração se despedaça e só se escuta 'estou muito bem, obrigado', você não se importa mesmo não é ?
Enquanto isso seu coração se derrete e seu estômago se esvai, até porque alguém precisa sentir a dor que você fingir não afectar e acredite aquele enjoo é o sinal claro de que te afecta, e muito.
E que venham a Ana, a Bruna, o Lucas, o Ivan e quem quer que seja e mate mais um pedaço seu, você faz questão de se mutilar junto com eles, até porque quem não pode contra eles une - se. Você dessa vez até ganha, porém ganha um vazio e uma dor tremenda, mas aquele sorriso que quase te engana está lá estampado no seu rosto, não é mentira se você acreditar não é? Então vamos acreditar que por mais que você esteja num mar de horrores, esse sorriso é sincero, a dor não existe porque você já está anestesiada contra ela e que você leva tudo da melhor maneira possível, quem sabe assim você se convence disso. E eu tenho certeza que no final de tudo você dirá 'estou bem, obrigado', 'eu supero, não foi a primeira vez', 'virão outros amores, outros me completaram' e no fundo você sabe que isso é apenas uma desculpa da mais fajuta que nem você se convence dela, mas vamos repetir isso quantas vezes forem precisas até se convencer.
' Muito bem, obrigado.' É assim que está a sua vida, obrigada, apenas aceitando as imposições alheias, mas nada de mudar o jogo, você é forte o suficiente pra isso, que erro. Sorrisos daqui, piadas dali, pra disfarçar o que na alma você luta pra sufocar diariamente, mas está cada vez mais difícil isso, não é um bom enganador aquele que não engana a si mesmo. - Por Isabella Cancio.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Você se esqueceu que o seu amor sou eu?

"Nunca esqueça que estou aqui sempre a te esperar, pra te amar. Me enlouqueça com seus carinhos pra gente sonhar...
Mesmo quando for embora a saudade vai fazer você voltar, sei que seu peito chora querendo me amar. Mas eu sei que nessa hora as estrelas vão brilhar enfim. Pois deixei o meu nome escrito no céu pra você lembrar de mim..." Luan Santana


quarta-feira, 25 de agosto de 2010

E onde você está se não aqui ao lado meu?

Paciência é uma virtude, e realmente quem disse isso estava certo, ainda mais quando o assunto em questão é amor, esse sim parece esperar dias, semanas, meses e anos.

- Come vai, só mais um pouco, você não comeu quase nada. - Ele dizia com o garfo cheio na mão posicionado a frente da boca da menina, pronto para estar vazio em alguns instantes e uma feição que faria qualquer menina derreter. Bruna, encarava aquele rosto encantador com os olhos brilhantes e uma cara de enjoo, já que além daquele rosto que prendia sua atenção estava um garfo cheio de comida a qual ela pretendia não comer, mas por insistência de Gustavo foi obrigada. - Você deve estar achando que estou falando de uma criança e seu pai, ou qualquer outro adulto, mas não, eles são perdidamente apaixonados, talvez isso explique a preocupação de Gustavo, ou Guga como Bruna chamava, com a alimentação da menina.
Sempre foi assim, desde quando a memória deles permitem lembrar eles sempre foram próximos, desde pequenos no jardim de infância, um elo sobre natural ligou ambos, e persiste até hoje.
Gustavo era lindo, meigo, educado, cortês, tinha olhos profundos e com um degrade de cores hipnotizador, tão hipnotizante quanto seu sorriso, ele tinha um grande poder sobre garotas, e ele sabia disso. Mas bom, ele não queria usa - lo com nenhuma outra, ele já tinha quem precisava, mas mesmo assim fazia uso, já que ela era apaixonada por ele e pelo sorriso também, segundo ela poderia desarmar um guerra apenas com isso se ele quisesse.
Bruna era tão linda quanto ele, mas não tinha muita confiança disso. Era fofa, sincera, tagarela, carinhosa e com um olhar brilhante e sincero, aqueles sim eram exemplos fieis de espelho d'alma. Ela com suas feições ingênuas por natureza poderia fazer o gelo mais frio derreter, apesar de que com ele não precisaria, além de não ser frio, era perdidamente apaixonado por ela, sua pequena.
Era uma relação de proteção, ele sentia  - se no dever de proteger aquela pequena menina, tão frágil e tão linda, ele se julgava grande para isso e ela amava isso nele, e mais todos as suas qualidades. Ela adorava sentir - se protegida e amada por ele, poderia se perder no emaranhado dos seus braços por conta disso, ela só precisava disso e mais nada, apenas ele era necessário. Já ele gostaria de absorve - la se fosse possível, sua menina, seu neném estava virando uma mocinha e ele não poderia deixar ninguém ousar fazer mal, afinal ela era sua e não pretendia perde - la, e nem ela pretendia ser perdida, uma somava ao outro.
Mas parece que o destino queria fazê - los provar que o amor era grandioso e fez com que ele precisasse se mudar para outro lugar, distante de sua pequena. A princípio ela quis demonstrar felicidade diante do leque de oportunidades que essa mudança faria, mas ela sabia que estar longe dele era suicídio, ela precisava dele mais que tudo. E mesmo assim ele precisou ir, deixa - la mesmo que não quisesse, sua melhor parte não poderia ir com ele. Por mais que eles prometessem usufruir de toda a tecnologia ao alcance dele, não seria a mesma coisa, não teria cheiro, beijos, abraços, afagos, apenas frio e desamparo.
Ela prometeu esperá - lo. Ele prometeu voltar. Por mais que, além da distância, as horas não conspirassem a favor, ela estava ali até tarde o esperando para fazer parte da vida dele ainda, mesmo que sem a presença. No começo foi normal, ele sempre aparecia para que saudades fossem amenizadas, mas isso não durou muito. Ela ficava de plantão e nada, será que tinha a esquecido? Ele não poderia larga - la assim, e toda a proteção e todo o mundo que ele havia prometido? Não, ela não se conformava, ela não cansaria de espera - lo, não agora. Ela precisava dele, de tudo que ele proporcionava, o lugar ali ao lado dela era dele, não adiantaria mares, oceanos, horas, países, nada mudaria aquilo. E então ela ficou ali, com aquela cadeira ao seu lado vazia, com horas sobrando, horas as quais perteciam ele antes, mas ela está ali o esperando o quanto for preciso, por mais que ele não esteja ali, ela estará, pois ele é a coisa a qual ela mais precisa. - Por Isabella Cancio.

domingo, 22 de agosto de 2010

Ficaram as canções, e você ..

Eles se amavam e se amam muito, apesar dos apesares. É um amor que pra muitos seja irreal, mas pra eles bastava da forma que é, até um certo ponto. Ele a tinha e sabia disso e ela era feliz por ser dele, do jeito que tivesse que ser. Perder - se pra ele é tudo que ela quer e precisa, é uma perda necessária e feliz. Ela faria tudo de novo se fosse necessário, da mesma forma que as coisas aconteceram pois o sentimento é especial por ter acontecido como aconteceu, mesmo que ele se culpe por tudo. Talvez ele até tenha culpa, mas culpa por ter dado o melhor presente que ela poderia receber, culpado pela felicidade que hoje reina nela. E mesmo que ele não assumisse, ele também era culpado pelo própria felicidade, ele era feliz a tendo e ele sabia disso, talvez se culpe por estar feliz.
Mas assim eles prosseguiam, contra tudo e todos, para eles o importante era ter um ao outro, mesmo que um oceano os separassem. Já que ele tinha o apoio que precisava, e ela? Bom, ela tinha o próprio apoio e só ele era necessário, o resto era o resto quando o assunto era ele.
Se você não acredita em príncipes encantados, é porque não o conhece como ela conhece. Ele reúne tudo o que um príncipe tem, ele a fascinava por cada qualidade, até porque ela não conseguia encontrar defeito algum nele. E dianta disso ela se pergunta se merece tudo isso, cada vírgula nele a faz viajar. Além de lindo, simpático, fofo e tudo aquilo que toda menina deseja, o que mais a faz vibrar é ele sempre conseguir ser perfeito nos momentos certos que normalmente são os inesperados, a deixando totalmente em extase e sem reação, com aquele brilho no olhar e sorriso bobo. Ele nem faz ideia de tudo que causa nela, logo ela a pequena dele.
Segundo ele, o namorado dessa menina terá sorte, mas ele sabe que esse posto está reservado para ele, por mais que ela mova céus e mares pra isso, ela precisa ser dele mais do que tudo. Pra ele ela também era linda, e daria todos os beijos do mundo para faze - la calar toda vez que ousasse discordar disso. Ele se esforça pra ser melhor pra ela, pra poder proporcionar tudo de maravilhoso, mas ele já é o melhor pra ela, pena que não se convence disso. Tudo que ele precisa as vezes é apenas a voz dela no ritmo da música deles, é o necessário para conforta - lo quando os continentes não são mais a pangéia, e ela apesar de acha - lo louco por isso, ama poder cantar pra ele, já que é uma das poucas coisas que pode fazer de tão distante.
No fundo, quem se culpa e realmente deve ser culpada é ela, ela sabe disso. Se tivesse dito antes, demonstrado antes, talvez não sofresse tanto por não ter tentado ou por ter a dúvida de que falar antes teria mudado todo o destino da história, mas as coisas tiveram que ser assim.
Ele é sonhador como ela e juntos constroem sonhos, mundos que ele promete dar a ela e nem preciso dizer que com isso ele consegue a encantar mais do que é imaginável. E tais sonhos vãos desde serem uma dupla sertaneja, ou simplesmente casar, ter filhos lindos como ele. Tudo bem que nada garante que isso um dia vai ser real, mas só pelo fato dele aspirar por isso já a preenche de esperanças, porque antes de uma ideia ser real ela precisa um dia ser pensada, e bom essas já são.
Hoje ela ouve a canção que ele mandou a ela, já que é a única forma agora de senti - lo perto, mas o coração dela se espreme por ver tudo o que sempre sonhou e não poder tocar, tornar verdade, ela necessita disso e ele parece necessitar tanto quanto ela, esse sentimento os une enquanto os continentes os separam, mas o amor deles é grande demais pra deixar esse detalhe atrapalhar, eles são invencíveis. Talvez por isso não desistam de tudo, pelo menos ela, por saber que ideias e sentimentos são a prova de balas, que eles são invencíveis, eles tem plena conciência disso. E ela não pretende desistir tão cedo e ele? Bom, ela também não o deixará desistir. - Por Isabella Cancio.

Brinquedo de criança

Ta aí os seres mais mágicos que eu conheço: as crianças, tão puras, ingênuas, tão simples, desinibidas, todos deveriam manter viva a sua criança interior.
Elas são tão mais felizes, dispostas, tudo parece ser tão possível na visão delas, isso que as torna fascinate, esse grande otimismo e também em ver a alegria em simples coisas. Pra elas as vezes um simples punhado de tampinhas é necessário para a sua felicidade, ou algumas folhas de papel ou até mesmo de árvores, nada de Itudo de última geração.
Elas tem algo que parece que quanto mais adulto você fica, mais você perde ou faz questão de não usar, elas sonham, imaginam. Elas não deixam os sonhos pra trás, dão a importância devida a eles, coisas que adultos não fazem, sonhar é banal demais, eles querem certezas, coisas concretas, ver para crer. Mas sabe, as vezes não é necessário tocar pra sentir, objetos não satisfazem ninguém por completo, já sonhos nos movem, neles podemos ser o que quiser sem medo e nem pudores, tudo é possível.
Eu tinha um sonho que também abandonei, eu queria ser astronauta. Eu deixei tanto de dar importância a esse sonho que nem me lembrava em ter sonhado, foi necessário que outra pessoa me lembrasse dele. Imagina viver entre as estrelas? Pois é, eu não sou da NASA, mas sabe, eu vivo nas estrelas. Posso não ir em corpo pro espaço, mas a noite, no silêncio dos meus pensamentos eu já estive em inúmeros lugares, eu sou uma astronauta e nem tinha me dado conta de tal fato. Eu vivo na Lua, não tenho a mínima noção do tempo e do espaço, sou literalmente uma lunática, eu vivo movida por sonhos e acho que eles são sim muito importantes e devem tornar - se realidade e irão, pelo menos do que depender de mim.
Há quem diga que ser cowboy e salvar donzelas era um sonho, ser como o Woody. Mas cresceu e deixou isso, coisa boba de criança. Mas mal sabe ele que ele já salva donzelas, não com um laço e botas de cowboy, mas ele salva. Então, como eu, ele nem se dá conta de que seu sonho é real, mais real do que ele pensa, mas simplesmente deixa de lado, existe responsabilidades de adultos mais importantes para se preocupar, mas mesmo assim donzelas são salvas.
Mas me diga, por que não sonhar alto? Você não terá nada a perder mesmo, o sonho já não é real. O mundo já é por si só tão frio e duro, sonhar é quase que necessário para sobreviver, quase não, é completamente necessário. Por mais que você diga que são coisas bobas de criança, você sabe que no silêncio da noite aquela vontade de voar, salvar donzelas ou ir a lua lateja na sua mente quase involuntariamente, e aquilo te faz feliz por aqueles minutos, te faz sorrir e faz com que seu dia não seja perdido, porque um dia sem sorrir é um dia perdido. - Por Isabella Cancio.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Pintada assim vou levando.

Talvez você ache que por existir duas pessoas em uma, uma delas seja apenas uma máscara, mas não é. Não tem nada de dupla personalidade, bipolaridade, falsidade e sim apenas uma maquiagem - armadura, apenas um leve disfarce para seguir a vida.
A maioria talvez nem conheça a verdadeira pessoa, até porque ambas são verdadeiras, a única diferença é que a interna une as qualidades da externa com alguns defeitos, vírgulas, rachaduras que as pessoas não entenderiam bem, ou não gostariam de ter contato.
Há uma pintura de alegria pra amenizar o conteúdo que não anda tão alegre, de repente assim o interior se contagie com a alegria pintada e fiquem todos alegres, todos num mesmo ritmo e sentimento. Nem sempre isso acontece, no caso, quase nunca, mas da pra disfarçar perfeitamente de quem desconhece o fato de existir duas "faces". Poucos tem o prazer(ou desprazer) de conhecer ambas, mas quem conhece consegue reparar no olhar, já que é o espelho da alma. Mas digamos que até eles enganam quem não tem muita prática em conhecer alguém dois em um, é complexo, parece que existe sempre algo a mais, porém é instigante. Quanto mais se descobre, mais se tem a descobrir e parece não ter fim, porém tem só que talvez você nunca vá conhece - lo, se não a graça é toda perdida por esse caminho.
Vamos falar agora de tais duas faces, ou do disfarce e do verdadeiro conteúdo, talvez assim tudo fique um tanto quando mais claro.
Começaremos então de fora para dentro, já que o que está por fora é muito mais visível e acessível. No exterior existe um colorido, uma alegria, uma energia surreal. O otimismo de um futuro melhor, de coisas melhores e de soluções está ali bastante presente, parece ser indestrutível, se sente assim, quase imortal, inabalável, jovem, feliz, pelo menos acha que se sente. Mas ao contrário do que parece, nem tudo são flores como eu prometi e prometo, e eu sei bem disso. No fundo, nos bastidores, atrás das cortinas nada é assim como parece, há uma tristeza constante, uma indignação com a realidade, um pessimismo inacreditável, uma pessoa que sofre e que reprime isso. A pessoa interior por mais obscura que pareça, tem todas as características da exterior, ma lá no fundo o lado negro da força parece dominar e tudo de belo, bonito, meigo que existe dentro e fora torna - se um tanto quanto pequeno, as dores, as marcas, as rachaduras parecem ser bem maiores.
Talvez o exterior seja dessa forma porque de tanto "fingir" estar bem acabe clareando o negro que está no interior, que o vestido de borboletas rosas contamine as borboletas negras que insistem em tampar a visão de quem está dentro. Mas enquanto isso, o formoso vestido de borboletas rosas disfarça o que na alma tenta - se sufocar. - Por Isabella Cancio.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Minha traição

É provável que você cuide de todo mundo, mas tenha se esquecido de você. Pare e repense seriamente o que voce está fazendo com a sua vida, será que voce nao está se auto abandonando? Será que eu não estou me abandonando? Em qual momento eu me abandonei? Quando e como vou me encontrar?

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Recordar é viver (?)

Lembrar, vamos relembrar ... Nostalgia é algo necessário as vezes, e até a onde vai a sua memória? Só os momentos bons, felizes, tristes, de amor, de ódio, ou tudo junto e misturado?
Bom, lembrar nunca foi minha especialidade, minha memória sempre me trai, mas há quem diga que os desmemoriados são mais felizes por passar varias vezes pelo mesmo momento e os aproveita - los como se fosse a primeira vez, olhando por esse ângulo sou até feliz por ser ruim quando o assunto é lembrança.
Imagens de momentos que nunca mais voltaram, acho que isso ta mais pra ser uma coisa triste do que feliz, é uma tortura pensar em todas aquelas imagens, sensações e não poder traze-las pra realidade, é quase como ser masoquista involuntariamente. E as coisas que se esqueceu, como fazemos com elas? E como sabemos que esquecemos, já que não lembramos? Complexo demais pra minha pessoa.
E aquelas pessoas que só estão na lembrança, essas sim são lembranças necessárias, a única forma de te - las é assim e esquece - las é perde - las pra sempre, e perder não está nos nossos planos.
Mas vejamos ... Fechar os olhos e conseguir sentir a brisa do tal dia marcante, o cheiro do perfume de determinada pessoa, lembrar de minuciosos detalhes é preenchedor, vai me dizer que você já não teve vontade de se trancar nas lembranças? É inevitável, pois há certos momentos que você só dá valor quando eles estão no seu arquivo de recordações, ai você pensa: Poxa, fui feliz e não sabia na época, agora que não volta mais que estou vendo, talvez essa seja a funcionalidade da lembrança: Te mostrar que você foi feliz, mesmo que no tal momento você não tenha percebido isso, ela também serve pra eternizar, ou você não acredita no "pra sempre"? Mas como não acredita, aquele momento, aquela pessoa, aquele lugar estar sempre com você e ainda há dúvidas do pra sempre existir, que tolice.
Porém me diga, você se recorda de coisas que nunca possui? Pois se isso acontece você está perfeitamente incluso na realidade. Não vejo como saudade do que nunca se teve, mas sim como lembrar da sensação de querer determinada coisa, sabe? Recordar da ânsia de ter, coisa que naquele momento era bom e agradável, talvez seja dessa vontade que você lembra, então de certa forma você teve tal coisa. No fundo, você não tem nada, apenas suas lembranças, é só você raciocinar bem e verá isso. E tais lembranças, imagens fazem com que você seja o que é, tais fotos que te moldam e fazem que talvez você também seja uma lembrança e fique feliz por se tornar uma um dia, isso sim provará que você nunca morreu, que você é pra sempre. - Por Isabella Cancio.

Espetacular

Você já desejou voar? Provavelmente sim, todos um dia desejam isso. E você já voou? Eu já voei, acredita? Com os pés no chão, no caso, no linóleo, com um colant e um thuthu bandeja. Não, eu não estou louca, bailarinos voam. Você já esteve sobre um palco? Se já, entenderá toda a magía que descreverei aqui, caso contrário, experimente, mesmo que com a plateia esteja vazia, é um momento único.
Não que dançar seja a única forma de dançar, mas é uma que eu garanto que funcione.
No momento em que você coloca seus pés no palco, tudo de ruim e pertubador fica nas cochias, por aqueles minutos só importa você e o ritmo da música, os passos tanto ensaiados, apenas é preciso se deixar levar. A música penetra por seus poros, fazendo com que a reação disso sejam passos saindo fluentemente, como se ali fosse sempre o seu lugar.
Você pode ser o que quiser: Pássaro azul, la fille mal gardeé, o quebra nozes e até estar num lago dos cisneis, isso tudo em apenas algumas horas.
O mais mágico é dizer coisas e sentir vibrações que palavras não descreveriam, ser ator é mais fácil, fazer as pessoas entenderem sinais corporais é bem mais profundo, ler o corpo alheio necessita - se de bastante atenção, que se estude os mínimos detalhes. O seu rosto falará tudo o que sente por aquele personagem, personagem que você esteve ensaiando por semanas, para estar ali daquela forma, ganhando vida e noa final ganhando milhares de aplausos, é compensador.
Não conheço ninguém que após de voar através da dança não tenha se apaixonado, pode ser o que quiser é tentador e viciante, libertador também. Faz o tempo parar por algumas horas que parecem minutos, você se torna uma estrela cadente que faz uma breve passagem pela Terra, que dá seu espetáculo e é apreciada por muitos terraquios, que no subconciente faz pedidos, vibra com tanto brilho e beleza que está diante de seus olhos, é quase inacreditável tal espetáculo. Entender apenas passos que dizem mais que mil palavras é fantásticos, receber a magia que o bailarino transmite é gratificante, faz os olhos brilharem e se inundarem com tanto brilho e beleza de tal voo, nos preenche com uma vontade de voar totalmente possível e acessível. - Por Isabella Cancio.

Eu to na lanterna ..

O vazio tem me preenchido, novamente, e isso é desolador. É uma necessidade de ser saciada por algo que eu não faço a mínima do que ser, uma fome de algo desconhecido, como resolver isso? Vazio, por que insiste em me acompanhar? Eu quero ser cheia de algo que não seja você, mas o que será que deve me preencher? Dizem que quanto mais a gente quer, menos se tem, vou parar de querer pra ver se as coisas acontecem, porque esse vzio provém da tal impotência que vem me rondando. Querer e não ter como fazer, como isso? Eu já deixei tantos sonhos pra trás, continuar persistindo nesse erro seria por si só uma traição comigo, cada um que desisti foi me privar de um próprio pedaço meu, muitos pedaços, eu fui me abondonando na maior parte das vezes pelos outros, me traí inúmeras vezes para não trair fulano e ciclano, e eu a onde fiquei nisso tudo?
Se você foi um motivo de um desistência minha, poderia devolver meu pedaço que foi como brinde? Me refazer será difícil, e eu costumava adorar o jeito que era, esse meu ato de me perder é ruim, fui perdendo meu melhor e até o meu pior, meu edifício despencou por não saber qual defeito o sustentava ou qual qualidade, e agora precisa dela para se reerguer, qualquer coisa, algum sinal para a construção poder começar.
A vontade arrebatadora de voltar pra bolha reaparece mais forte do que nunca, ser inatingível seria bem vindo agora, seria cômodo e fácil. 
Ser fria, ser quente ... Quis ser fria, que erro. Me derreto fácil, não suporto muitas coisas, sou frágil e muito atingível, por isso querer uma bolha, seria a solução prática pra tudo, mas afinal, eu já vivo numa bolha não? Eu me tranco na minha humilde bolinha, mas ela não tem sido muito eficiente, precisa de uma blindagem nova, ela já passou por trancos e barrancos, está pedindo arrego.
O vazio é tão grande que me tirou até as noites de sono, pareço uma morta viva, estou abatida, consumida, desgastada por algo que não faço a mínima de como resolver, que me esvai. E eu ali sentada admirando - me ir, chorando com a partida, mas permaneço ali paralizada, alguém pode em sacudir pra ver se eu consigo me mover e me salvar? Eu preciso parar de esperar, de ser paciente, eu preciso ser a agente da passiva, ir lá e resolver, fazer as coisas do meu jeito, cansei de estar na lanterna dos afogados esperando por você, por algo, me afogando no meu próprio vazio, me afundando num vácuo. Esse vazio me sufoca, me corrói e eu não sei o antídoto pra isso tudo, só sei que depende só de mim, esse é o pior, logo que que sempre fui tão dependente mesmo me fingindo ser dona do meu próprio nariz, não eu não sou, Sou frágil, apaixonada, chorona, uma criança, perco horas numa loja de brinquedos se deixar, rio, faço brincadeiras idiotas, não sou uma arrazadora de corações, como frango com a mão, entre outras caracteriticas, mas alguém sabe de tudo isso? Eu me tranquei num vazio, me demonstro vazia, como eu pude me tornar isso? Isso me causa esse vazio, ter me deixado por terceiros, que erro, eu preciso me salvar, quem eu estou esperando sou eu própria, isso me salvará. Eu me tranquei por medo dos outros, por querer aceitção, alooou, eu não preciso agradar gregos e troianos, eu só preciso me agradar e não tenho feito isso, no caso, não tenho agradado a ninguém.
Não posso permanecer assim, não da mais pra ser passiva, preciso ser ativa o bastante pra me ter, pra ser o bastante pra mim, aprender a ser uma antes de tentar ser dois, três, quatro ... mil! - Por Isabella Cancio.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Alma gêmea.

E eu que não acreditava que alma gêmea poderiam existir, pois bem, esses dias fui pega pensando nisso e muito pior: acreditando nisso. Como pode dois seres que não foram criados juntos, sem laços (até então) serem tão semelhantes? Todo mundo conhece essa história de alma gêma, metade da laranja, dois em um, mas sabe, almas gêmeas não tem que ser necessariamente como a sociedade impõe e idealiza.
Um casal de duas pessoas parecidas, que se completam e são felizes pra sempre por conta disso, é difícil colocar em alguém a responsabilidade de te completar, não acha? Até porque se fosse tão necessário esse complemento você nasceria grudada nela, mas não é o que acontece.
Carne e unha, metades da laranja, dois amantes ... frases bem conhecidas quando o assunto em questão é esse: a sua cara metade. Mas sabe, as coisas não precisam ser como idealizam por ai. Na verdade, você não precisa ser casado com a sua cara metade, ou namorar, ou manter relações sexuais, nada disso, você no mínimo tem que te - la ali ao seu lado, te acompanhando. Não é necessário ser possuidor dela pra você saber que é a sua versão no outro sexo, mas te - lo ali sempre que necessária é reconfortante, alguém que você sabe que vai te entender, que pensa como você e talvez tenha até aquelas manias um tanto quanto estranhas, ele estar ali ao seu lado talvez apenas em silêncio basta, preenche mais do que as palavras mais belas do dicionário, só a presença basta.
É uma sensação de não estar sozinho no mundo engraçada, até porque existem bilhões de pessoas nesse mundão e apenas uma faz a diferença pra você não se sentir só. Mas é injusto dar a essa pessoa o cargo de te completar, de ser tudo o que falta em você, você é completo por si só só não percebe isso ainda, talvez a sua metade um dia te prove tudo isso nesse caminho longo que vocês percorreram lado a lado, seja como amigos, amores, amantes. Não queira ser dois em um, ou conhecer alguém igual a você para fazer de prisioneiro, queira apenas uma companhia agradável, que esteja ali mesmo que sem falar palavra alguma, mas que esteja ali. - Por Isabella Cancio.

domingo, 8 de agosto de 2010

O mundo está ao contrário e ninguém reparou?

Eu me questiono com frequência se eu que estou certa e a maioria errada, ou se estou errada e a maioria certa, o mundo argumenta de uma tal forma que você fica em dúvida sobre os próprios ideais, parece que você está realmente ao contrário de tudo, que você ta ao contrário quando na verdade não é bem assim.
Os sonhos parecem errados, irreais demais pra tornar - se realidade, parece que você sonha alto demais e o mundo só diz: isso nunca poderá se tornar realidade e te convence assim a ser descrente, suga toda a sua fantasia, mas não dizem que o impossível é só questão de opinião? E então por que o mundo faz questão de tirar da gente a esperança dos sonhos? Que crueldade, é tão difícil só viver de realidade, é tudo tão frio aqui.
Como vocês conseguem? Eu, sinceramente, nem gostaria de tentar viver só disso, os sonhos me parecem tão agradáveis, tão aconchegantes, não custa nada, me parece tudo tão possível, ou eu ando acreditando demais ou as pessoas estão acreditando de menos.
Talvez vocês me chamem de Alice in wonderland, mas por que não viver lá? Lá ainda me parece o melhor lugar, mesmo sabendo que não posso viver de ilusão, mas sonhar faz bem. Há quem diga que por alguns segundos o sonho se materializa dentro de você e por um curto espaço de tempo você é feliz, acho que eu sou feita de milhares curtos espaços de tempos desses.
Não sei, parece que sonhar se tornou tão errado, que fantasiar é contra a lei, todos só sabem dizer que aquilo nunca sairá da sua cabeça, só te frustam, te sugam e você se deixa levar, o pior é esse. É uma incontrolável vontade de sair aos gritos dizendo que de nada adianta viver sem sonhar, sem querer mais, sem devanear, que ninguém suporta a realidade frígida por si só, pelo menos eu não aguento, se você aguentar me avisa que é digno da minha admiração.
Será que meus sonhos são tão irreais a esse ponto de despertarem a desconfiança de poder vir a existir? Não sonho em voar, em ser jovem pra sempre e nem com um namorado loiro, alto e rico, meus sonhos me parecem tão possíveis, mas tão que eu chego a sentir a realização deles bem próxima a mim, mas eu não sei como agarra - los, eles acabam escapando por entre meus dedos. O mundo acaba me levando eles e eu sem poder fazer nada, apenas assistir a ida e volto a questão da impotência, mas dessa vez pretendo ir até o fim das minhas vontades, irei contra o mundo se for necessário por mim, só por mim e por mais ninguém. - Por Isabella Cancio.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Questionamento 3: Impotência.

Está ai o sentimento que mais me corrói: a impotência. É assustador você ver as coisas influenciarem totalmente na sua vida e não poder fazer nada, já que aquelas consequências não são provenientes das suas escolhas, por mais que te influenciem diretamente. É como você ver a sua própria vida passar do jeito que você não quer, ser espectador do seu próprio espetáculo, onde você deveria ser o ator principal.
Por mais que eu lute, a areia simplesmente escorre entre os meus dedos e eu fico sem o que poder fazer, apenas assistir a tudo na minha vida fugir ao meu controle e no final ainda bater palmas pelo belo drama que acabei de assistir e que assisto diariamente.
A sua vida, a suas escolhas, as suas dores e outros autores, outro no papel principal, estranho não? E você ali de pés e mãos atados, com um grito preso na garganta querendo sair de qualquer forma pra ver se assim você retoma o volante da sua vida, mas parece não funcionar.
Ou pior ainda, você ver o sofrimento alheio, ver as pessoas dandos socos, chutes e ponta pés na ponta da faca e simplesmente assistir a tudo de camarote, até o ser em questão desistir de se machucar e sangrar, você assistir aquela tragédia sem poder interferir, por mais que o seu impulso implore por isso você não pode fazer nada, ou talvez só possa chorar. Cada lágrima do seu choro é como se fosse cada gota de sangue que você assistiu cair, você sentiu a mesma dor ou maior que aquela pessoa que você assistiu se ferir sem poder mover uma palha, sem poder fazer nada, desesperador. Você pode ter falado, aconselhado, brigado, mas se a pessoa decidiu se ferir você só pode depois ajuda - la a fazer os curativos, que não serão poucos e dizer: eu te avisei, essa sim é a pior frase que se pode escutar. acho que ela dói mais do que as feridas dos erros pois você podia ter evitado aquilo, mas não, preferiu quebrar a cara e arranjar um bucado de feridas só pra falar: da minha vida cuido eu, engrçado que das suas feridas depois quem cuida são os outros, onde está aquele egocentrismo todo?
Em algumas situações só te resta ir a onde a onda te levar, não tem escolha que você possa fazer, só te resta sentir as consequências, injusto não? Por que quem fez não sente as dores das suas escolhas sozinhas? Sempre respinga em alguém, logo no alguém que não tinha nada a ver com aquilo ou que simplesmente faria e faz de tudo pra mudar aquela situação que você prefere deixar estacionada, acomodada. muito mais prático pra você.
Talvez uma das piores dores que você possa a vir a sentir é esperar alguém mudar a postura ou fazer uma escolha que tire a consequência dolorosa que você sente, que a pessoa veja que aquilo não só não faz bem a ela como também não faz bem a você e que mesmo que você sinta uma dor incalculável você está impotente diante de tudo, que tudo depende dela. Eu venho esperado que você veja que essa sua escolha não me faz bem, e principalmente: não te faz bem. Mas não demora muito, talvez eu não suporte muito mais. - Por Isabella Cancio.

sábado, 24 de julho de 2010

Trem das cores.

Eu sempre tive uma forma diferente de ver as pessoas, sempre soube desse olhar diferente, mas não sabia ao certo como era. Pra mim, a primeira vista, as pessoas eram normais, alguns com uma normalidade mais bonita que a outra, mas eram normais, sem atrativos para mim. Eu nunca liguei por não me atrair pelo exterior, em sempre que me perguntassem sobre a aparência eu dissesse: é normal, sempre fui assim e sempre fui feliz. Mas precisava entender como é isso, como é achar todos normais e apenas depois de algum tempo e no decorrer de algumas coisas elas fossem ganhando ou perdendo a beleza, como se fossem fases passadas que ganhassem prêmios em cada uma, um tanto quanto engraçado.
E então eu parei pra analizar, criar uma forma de ilustrar como eu avaliava a "beleza" alheia e cheguei a uma conclusão: Pra mim todas as pessoas, no começo, são brancas, como uma tela que pede para ser pintada com o espectro de cores, pra mim todos eram desprovidos de cor no começo de tudo.
Aos poucos, com as atitudes e ideias singulares de cada um eu iria colorindo a tela, e assim sim eu poderia avaliar se aquilo era realmente bonito ou feio, até porque eu fui a "pintora" de tudo, poderia tirar minhas conclusões enfim. Então a partir daí eu poderia me atrair ou não pela pessoa e avaliar a sua beleza, avaliar se a minha pintura tinha ficado boa ou ruim.
Na minha auto avaliação, a minha tela só continha tons claros, talvez o mais forte era o rosa tamanha a minha meiguice e paixão eterna por algo que eu ainda não sei, talvez eu me apaixone diarimente por mim e não perceba. Mesmo eu não gostando nem de preto e nem de branco acho que talvez houvesse essas cores, dois extremos, o oito ou oitenta que eu costumo ser as vezes, mas as cores predominantes seriam as claras, azuis, verdes, rosas, lilás. Quase não haveria nenhum tom de vermelho, ou amarelo, ou laranja, eu não tenho nenhum traço de personalidade forte e imponente, sou passiva e pacífica até demais pro meu gosto. Mas mesmo assim eu seria bem colorida, eu adoro cores, cada tonalidade me fascina de uma forma diferente.
Então sempre foi assim: pessoas brancas, um espectro inteiro de cores e eu diante disso tudo fazendo uma obra de arte guiada pela própria arte em questão, tudo ali na minha frente só esperando a minha tradução, convidativo não? Posso começar a te "pintar" ? - Por Isabella Cancio.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Tão perto que quase consigo sentir o gosto.

E as memórias de momentos nunca reais voltam a me atormentar, cores, lugares, cheiros e sensações que nunca senti na realidade, sempre foram fruto da minha abrangente imaginação. Tudo parece tão vivo e real que por alguns instantes eu chego a acreditar que tudo aquilo um dia foi verdade e isso de certa forma me conforta, a esperança de ter sido verdade deixa tudo mais fácil, por mais ilusória que ela seja.
Se eu apenas fechar meus olhos por poucos segundos, eu já me vejo imaginando como seria o gosto, o cheiro, a textura da pele, a maciez dos cabelos, imaginando cenas, lugares, a cor do céu no exato momento, o ritmo dos meus batimentos, o seu sorriso, o meu olhar. Me pego pensando em cada detalhe, cada singularidade, cada coisa que eu gostaria que fosse real, e que no fundo parece ser real.
Essa tal de paixão e esse tal de amor realmente são coisas curiosas, dizem que a primeira coisa que nos atraí é o cheiro, mas eu nunca tive a oportunidade disso, depois dizem que os olhos demonstram tudo o que os lábios não conseguem traduzir em palavras, mas eu nunca olhei no fundo de tais par de olhos. Então talvez seria os abraços, abraços são ações encantadoras, mas quem derá eu ter tido cinco minutos em seus braços, isso me deixaria em estado de transe, o tempo pararia durante esses cinco curtos minutos por esse motivo. E então outro fator que também faz as tais borboletas no estômago aparecerem é o beijo, ao entrar em contato com os lábios da outra pessoa parece que naquele momento o universo ao seu redor parou e só existe ambos ali, você e ele, mas assumo que nunca pude ursufruir desse momento com a pessoa em questão, então porque tantos sentimentos aqui dentro, porque esse vulcão em erupção constante no meu peito, eu nem ao menos sei seu cheiro, seu toque na minha pele, o brilho do seu sorriso de perto e como é pertubador não ter visto e sentido essas coisas, como é ruim a dúvida de como seriam essas coisas, o talvez.
Então a única coisa que explicaria é que eu o amo pelo turbilhão de coisas que ele causa em mim, tirando ele ser lindo, meigo, simpático e todas as outras qualidades dele. Ele nem imagina que é nele qe eu penso todos os minutos, que é com ele que eu tenho sonhado diariamente, que todas as sensações boas que ele causa em mim só crescem ainda mais e fazem com que eu o ame a cada dia mais, esquecendo do oceano que nos separa ou do simples fato da dúvida que os meus sentimentos causam em todos, mas eu sei que é real, eu sei que é verdade.
Eu perco horas em meus devaneios de como seria o nosso encontro, como seria te abraçar e desejar que aquele momento nunca mais acabasse, como seria ver você ficar intimidado com o fato deu não tirar os olhos de você, de repetir "x - burguer" milhões de vezes por você achar engraçado ou simplesmente ficarmos em silêncio, nosso silêncio falaria tudo por nóis, nossos olhares só confirmariam o silêncio e o sorriso mostraria que entendemos todas as mensagens e concordamos com elas. Eu imagino minuciosamente tudo, chego a quase sentir tudo, sua pele, seu cheiro, mas esse quase nunca se completa, preciso de mais pra tudo ser certeza e algo alimenta uma esperança de que um dia será, e sse me deixa um pouco feliz de certa forma.
Eu queria conseguir te tocar com as minhas palavras, conseguir fazer sentir um décimo do que eu sinto, mas seria impossível, as palavras se tornam coisas pequenas perto do tamanho dos meus sentimentos, elas se tornam medíocres, elas nunca traduziriam tudo, talve meu olhar diria tudo, meus gestos. Talvez um dia você consiga ver tudo o que eu digo se confirmar pra você, espero que esse dia chegue logo, esse vazio que a sua distância me causa tem sido sufocador, arrebatador, quase incontrolável. Tem sido difícil controlar a minha sede de você, a minha sede de nós. - Por Isabella Cancio.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Era uma vez num sonho.

Quando eu era pequena, mais pequena do que ainda sou, eu costumava idealizar meu futuro sonhando em como seria, desejando milhões de coisas para construir o tal futuro perfeito o qual eu aspirava diariamente. Eu me preocupava com os minuciosos detalhes, fiz praticamente o roteiro da minha vida baseada na minha vasta experiência adiquirida nos belos e românticos filmes de Walt Disney, foi praticamente uma princesa para cada fase da minha vida, segundo meus planos.
Na primeira fase eu desejei ser a Bela da Bela e a Fera, residir em um castelo onde todos eram objetos engraçados e divertidos e que tudo era motivo para que eles dançassem e cantassem, e estar perdidamente apaixonada por um belo príncipe. De certa forma eu sou um pouco Bela e tenho uma fera, mas minha fera não voltou a ser príncipe e a cada dia mais se torna mais feroz, sua gentileza raramente aparece. Aprendi que diminuir as pessoas ao patamar de objetos é o pior erro que se pode cometer e é o que mais pode vir a ferir o próximo, logo a minha ilusão de viver esse conto de fadas se tornou impossível e abandonada.
E então eu quis ser como a Cinderela, ter duas irmãs feias e uma madrasta que me odiassem, ser borralheira e num belo dia uma fada aparecesse para que eu pudesse ir a o baile real e fazer com que o príncipe se apaixone por mim apenas com uma dança. E na hora que eu o deixasse por conta do encanto que estava prestes a acabar eu perdesse meu sapatinho, e então ele mandaria seus soldados de casa em casa para encontrar o pé que caberia naquele calçado e então me encontraria e me tiraria da vida de borralheira para vivermos o nosso amor felizes para sempre. Porém pude ver que o meu encanto não acaba a meia noite, ele é eterno, e que ninguém aparecerá para me salvar em todas as horas de perigo, eu mesma terei que me ajudar na maioria das vezes. Eu até tenho duas irmãs, isso é a unica pequena semelhança com o conto de fadas, mas as minhas são as mais belas e maravilhosas irmãs que alguém poderia desejar. E mais um conto de fadas eu deixei pra trás.
Mergulhei então no mar da Pequena Sereia, desejei ser da realeza, viver numa festa como ela vivia com seus peixes e corais e provar meu amor à alguém de uma forma linda e grandiosa, como ela fez trocando sua voz por pernas, só por causa do seu amor pelo príncipe. E mais uma vez a vida me mostrou outras visões sobre tal história, me fez ver que meus pais são realmente da realeza e não por terem bens, e sim por terem sido vitoriosos nessa vida e com um caráter de ouro. Descobri também que a realidade não é só festa e beleza, que para aprendermos certas coisas só da forma dura que a vida faz, é assim que tem que ser. E por fim aprendi que as provas de amor mais belas que posso demonstrar para alguém são as mais simples, que não posso querer me mudar para me amarem, quem me ama realmente ama também meus defeitos e qualidades do jeito que são, me mudar seria uma traição comigo mesma: a pessoa mais importante da minha vida.
Quis beijar um sapo para que ele virasse príncipe, e fiz, mas quando eu abri os olhos percebi que tinha virado uma sapa como ele por tamanho erro que tinha cometido, beijos não resolvem problemas e nem melhoram pessoas, apenas matam desejos. Vi que não podia cobrar mudança de pessoas por dar algo em troca, apenas deveria esperar para que o outro quisesse mudar por si só e que se isso não acontece eu deveria deixar, os incomodados que se mudem.
A partir de então venho querendo ser a Bela Adormecida, dormir até que todas as minhas atribulações se resolvam e quando estiver tudo perfeito um belo príncipe venha então despertar - me do sono e para o amor eterno, e mais um final feliz se faria apartir desse momento. Mas novamente a vida aparece e me faz ver as coisas com outros olhos, me mostra que ignorar os fatos nunca os alteraram e então eu preciso encarar as adiversidades de cabeça erguida para resolve - las e que eu preciso acordar pra realidade sozinha, sem a ajuda de ninguém, até porque ninguém pode fazer isso por mim. E que nada é perfeito e nem ninguém, a graça de tudo são as imperfeições, as singularidades, isso sim meche conosco e nos faz vibrar e sentir.
No "final" de tudo sobrou uma única coisa que eu poderia querer como nos contos de fadas e que quero diariamente, uma coisa mágica na fantasia e na realidade: o amor, essa é uma das únicas coisas que posso querer como as princesas quiseram, e quero. Também posso desejar um príncipe, mas ele não virá num alazão e nem será extremamente pelo na aparência, mas sei que terá um caráter e um interior tão belo que transbordara para o exterior toda essa beleza se torna o mais belo dos homens, que me amará pelo o que eu sou e como eu sou, essa sim é a maior prova de amor, não precisará matar dragões ou subir na torre mais alta para demonstrar tamanho amor. - Por Isabella Cancio.

sábado, 17 de julho de 2010

O ritmo da distância.

"Deixava aquela música invadir a sala pra preencher o espaço que você deixou, quem sabe você volta... até a música parar." (Jay Vaquer)

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Eu era ele, ele era eu.

Talvez nós já teriamos que ser assim a muito tempo, digamos que o nosso caso é antigo. Talvez eu só tenha visto os fatos como são agora, talvez fingisse não ver ou não quisesse ver, era bom demais pra ser verdade. O nós derrepente deveria existir a muito tempo, mas nós preferimos quebrar a cara em outro caminho, acho que no fundo ninguém queria dar o braço a torcer ou talvez sempre desse e não é atoa que os caminhos alternativos que seguimos sentissem tantos ciúmes da companhia que ambos faziam ao outro, e nós sem entender nada ou pelo menos fingiamos não entender quando tudo estava tão evidente. Estava tão próximo que quase sentíamos o gosto diariamente, e nós gostavamos e gostamos disso. Talvez deveria ser eu e você desde sempre, um caminho só, uma pessoa só composto por duas. 
Sabe, eu pensei muito na peculiaridade da nossa relação, nós somos tão livres juntos, engraçado isso. Não estamos exatamente entre tapas e beijos, mas existe dias que o romantismo passa bem longe dos diálogos e ficam só as frases engraçadas com você me dizendo: Você ama o papai aqui né Julieta, ou então quando você diz que o meu amor está se tornando algo possessivo, mas eu sei que no fundo você ama isso. Nessa singularidade toda nós vamos vivendo, dias quente, dias muito quente e nunca frio, estamos sempre vibrando e isso é maravilhoso, juntos não há tempo feio, parece que quando eu falo com você o Sol saisse e iluminasse todo o meu dia, por mais cinza que ele esteja. Você assim desse jeitinho me preenche de esperança, de alegria, mesmo que você só diga: Oi minha Julieta, essas palavras soam como a mais bela melodia pra mim e logo um sorriso florece em meus lábios, é inevitável. E mesmo que eu pudesse evitar eu não gostaria, sempre devemos deixar a felicidade entrar e você traz felicidade.
Nem você pode me evitar, você sabe que sou o seu destino, nem adianta não assumir, risos. Você vai cuidar do meu sorriso e eu cuidarei da sua saúde, coisas que já acontecem pois você sempre coloca um belo sorriso no meu rosto com as suas palavras que normalmente são romanticas e um tanto quanto comicas as vezes. Como já fui dormir lembrando e rindo de alguma afirmativa que você faz, fora que você pode estar bem ou mal que sempre está bem humorado, e isso é lindo. Eu nunca o vi de mau humor, só as vezes um tanto quanto seco porque eu também te pentelho né, eu sei, mas de humor virado eu nunca vi e olha que já são meses hein, pode estar chuva ou Sol que você está feliz, pelo menos aparentando. E sempre me faz com que fique ótima com pequenas palavras, você nem deve perceber, mas é que meu sorriso é tão mais feliz contigo, viu como você já cuida dele.
Eu tenho tanto medo de te perder, de você ir embora e levar consigo as suas manias, suas coisas engraçadas, sua síndrome de ser velho comparado a mim, das suas frases que sempre dizem que eu amo você loucamente, de ir e carregar a sua preocupação comigo, a sua vontade de querer que eu esteja sempre bem pois isso te faz bem, só de pensar em perder tudo isso e muitas outras coisas que só você tem já em dá um mal estar, mas sei que vou ter você sempre aqui comigo assim distante e perto, mais próximo de quem está aqui do lado.
Ai nossa, você me tira qualquer argumento e pensamento, eu estou a horas planejando cada palavra e frase para escrever, mas todo o meu roteiro de texto foi por água a baixo, só me vem lembranças suas a mente e então todas as palavras evaporam num passe de mágica. Todas as frases bonitas que eu pensei em escrever se foram, ficaram só pensamentos de você. - Por Isabella Cancio, mas pra você Julieta.