sábado, 23 de outubro de 2010

Eu sou mesmo exagerado.

É tão lindo ver aquele coro de jovens metidos a imortais cantando "exagerado, jogado a seus pés eu sou mesmo exagerado, adoro um amor inventado!" mas é fácil testar até onde o amor deles vai. Mas na verdade, eles amam? Acho que não, até porque pro amor não tem limites, mas não é esse o assunto em questão.
Se toda loucura é perdoada por amor, que ele nos faz ser exagerados, por que então quando alguém está disposto a mover chãos e mares é julgado? Então o amor tem limites e suas loucuras em nome dele também? Se é amor não há limite, então acho que isso não é amor. E você sabe o que é amor? Sabe até onde iria por ele? Eu não sei até a onde iria, mas acredite, já quis ir muito longe, mas fui freada por essa "geração exagerada". São tantas contradições, parece que as coisas são lindas só para serem faladas, na prática é louco demais, exagerado demais. Mas você não era exagerado jogado a meus pés? É simples, apenas pense se você realmente está disposto àquilo que você está falando, e se estiver faça quando necessário, se não nem diga nada, apenas aplauda a os verdadeiros exagerados por tamanha coragem, pois realmente a loucuras deles são perdoados porque metade deles é amor ... a outra metade também. - Por Isabella Cancio.

terça-feira, 5 de outubro de 2010


Entre duas pessoas sempre há uma que ama mais, quem dera não fosse eu sempre. Não é qualquer pessoa que consegue se expor completamente sem medo e sem pensar nas duras conseqüências que isso trará, é mais confortável estar sob aquela película espessa que parece uma fortaleza contra machucados ou sensibilidade. Ser eternamente apaixonada requer pagamentos de altos preços e de abertura de muitas feridas, se entregar completamente ao outro e só esperar o sim ou o não é um risco que ninguém quer correr, todos preferem ser quem diz o sim ou não, preferem ter alguém a ser de alguém. Mas não adianta, ninguém é propriedade de ninguém, e essa incerteza de que a pessoa estará ali sempre é o que mais dói, contar com a possibilidade de que um dia ele vá dizer adeus sem ao menos dar uma explicação é amedrontador, pois você apenas pode assistir ele indo e toda a sua felicidade junto a ele.
E então você jura aos sete ventos que nunca mais ninguém irá te fazer sofrer um terço do que aquela pessoa fez, mas ai você se engana, pois o próximo te faz sofrer o triplo, é como se fossemos fadados a ver partidas e sofrer sempre. Você fica ali sentada apenas esperando o próximo vir, avassalar seu coração e um belo dia abandona – La, por mais que você ache que dessa vez será diferente o mesmo filme se repete dia após dia.
Mas então, o que te leva a ser atriz principal desse filme de novo? É fazer as próprias feridas persistir nisso, mas é preferível viver assim a nunca se expor e ter medo disso.  É preferível sentir do que se acorrentar pra sempre à aquela película protetora que tira todos os seus sentidos. Até porque morrer de amor, é viver dele. - Por Isabella Cancio.