sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Me sinto fria, anestesiada, uma pele morta que não responde mais aos estímulos. Isso tudo causado pelo o (des)amor, mas o amor não devia fazer bem? Mas sabe, as vezes quando o amor é grande demais as circunstâncias não o suporta, e ai acaba estragando toda a beleza do amor, acaba o amor sendo contagiado com sua fraqueza. E você que sente todo o amor e está no meio dessas tristes circunstâncias acaba sendo envenenada pouco a pouco com tamanha frieza, vai tudo esfriando, se esvaindo, e sua capacidade de sentir junto. - Isabella Cancio.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Sexo antes, amor depois.

É uma daquelas histórias bem cotidianas, luxúria e amor, existe algo mais normal que isso? Alguém em busca de momentos e outro em busca apenas daquele momento, corriqueiro. Por ser assim, mais cedo ou mais parte mais essa experiência baterá a sua porta e depois virará mais um parágrafo do seu livro de aventuras, é assim que a vida tem que ser.
O combinado era esse: Uma noite, apenas uma noite para sexo e amor (se é que se pode chamar de amor algo de uma noite), mas era assim que teria que ser. Ela o queria tanto quanto ele a queria, talvez de forma diferente, talvez muito mais, talvez da mesma forma, mas eles se desejavam, estava escrito em seus olhares.
Então se encontraram em algum barzinho desses da vida, entre seus amigos, nem foi preciso palavras, apenas o beijo ardente que falava mais do que qualquer palavras. Depois desse, vieram mais inúmeros beijos, cada um com uma nova sensação, cada um querendo descobrir mais sobre o outro, como se quisessem gravar cada vírgula do outro para que pudessem lembrar-se daquele momento com a maior precisão possível. Não demorou muito pra que ele a levasse para um canto escuro qualquer e começasse a passear com suas mãos por cada curva tão desejada da menina, que não ficava para trás e começaria então a provoca – lo, ela estava disposta a jogar o jogo dele, já que era assim a única forma de pelo menos te – lo por uma noite.
A cada toque uma nova sensação, a cada nova sensação menos fôlego e mais excitação, se ficassem ali por mais algum tempo cometeriam um atentado violento ao pudor, mas graças ao esperto rapaz eles preferiram continuar aquele momento em seu apartamento, já que morava sozinho. Permaneciam mudos, apenas com trocas de olhares, cada olhar mais significativo, mais profundo que continuava a dispensar palavras.
Pode – se até a começar a achar que um sentimento começou a surgir no menino, já que não era normal ele segurar a mão de sua companheira para apenas saciar mais um de seus desejos, afinal, quantos milhares de desejos ele já não havia saciado? Ela seria mais uma, com a sua singularidade, mais apenas mais uma. Ele começou a perceber que ela seria especial, não sabia até que ponto e nem quanto duraria, mas ela seria.
E então chegaram ao apartamento, com paços lentos, nem pareciam ter todo aquele desejo reprimido, até adentrarem ao recinto e a porta se fechar, a partir daquele momento nada mais importava: sem olhares, sem vozes, sem roupas, apenas ele e ela e era assim que deveria que ser. Eram beijo intensos, como se um quisesse absorver o outro, e aos poucos e até com uma certa delicadeza as roupas dela começavam a sair de seu corpo, a cada peça retirada um novo olhar dele, como se fosse uma surpresa a cada minuto, ele a olhava com um sorriso indecifrável para ele, mas agradável, não era apenas luxúria, mas algo não decifrável. Ele queria gravar cada milímetro daquele corpo que despertava tantas sensações nele, sensações as quais ele queria poder lembrar com clareza. E então ela estava despida, ali a sua frente, seu corpo quase expelia fumaça tamanha a sua excitação com aquela visão.
Começava agora a vez dela, que ao contrário dele, deixava bem clara em sua expressão que o seu olhar era de amor, que o contemplava como seu amor, seu príncipe, e assim despia o seu amado, sem pressa, mas rápido. Ela queria ter aquela lembrança pra sempre, contemplar cada músculo, cada pinta já que até a onde ela sabia essa seria a única vez. E ela, ao contrário dele, o despiu com uma velocidade bem maior, o que facilitou tudo o que começaria a partir de então. Ela o olhava com desejo e amor, ela o desejava, seus corpos se encaixavam precisamente como se fossem feitos um para o outro, ela já sabia disso e amava, já ele estava descobrindo e de certa forma começando a gostar de idéia, ninguém tinha feito ele sentir o que aquela menina apaixonada estava fazendo e apenas uma noite, que nos pensamentos dele já era certo haver a segunda, mas ela ainda não saberia disso. Não ainda.
E então eles começaram a proporcionar prazeres um ao outro, com toques, carícias, beijos e amassos. Mas mal sabia ele que ela teria o escolhido para ser o primeiro te - la completamente, porém quando ele percebeu já havia consumado o fato e não havia mais volta: ele estaria pra sempre marcado pra ela, ele chegou a sentir medo, um medo enorme de ferir os sentimentos dela, algo que ele não se importava muito até então. Mas eles estavam felizes ali, era como se o mundo lá fora não existisse, eles podiam gemer, gritar e até fazer juras um ao outro, só eles importavam naquele instante. E então ambos chegaram ao ápice, muitas vezes diga – se de passagem, pois o toque de cada no outro era como uma corrente elétrica, era algo sobrenatural.
Mesmo que quisessem prosseguir, o corpo não aguentava mais, pelo menos por algumas horas teriam que descansar para talvez depois prosseguirem aquele momento tão delicioso. E então eles adormeceram, ela aconchegada nos braços dele, e ele a segurando como se nunca quisesse perde – La, e realmente ele passou a não querer.
Acordaram no outro dia, um tanto quanto se graça, e enfim o silêncio foi quebrado. Eles tomaram café e conversaram, pareciam até um casal de namorados, o que fez com que a menina se espantasse, mas não iria estragar aquele momento.E então ele tomou coragem pra dizer tudo o que havia sentido nessa noite, que ele não suportaria que fosse só por uma noite, que se antes era apenas sexo, durante essas horas se transformou em amor. No caso, não se transformou, foi descoberto, ele descobriu que a amava e precisava dela ali, eles foram feitos um para o outro, era um encaixe perfeito. Ela o ficou olhando por alguns segundos bem no fundo dos seus olhos pra ver se via algum vestígio de mentiras, mas não, só encontro amor, sinceridade e muitas outras coisas belas. E então ela o abraçou, não disse que sim, mas também não disse não, apenas lhe deu um beijo e disse: nunca solte a minha mão. E eles continuaram o que começaram na noite anterior, e continuariam por muitas outras noites já que ele era dela e ela era dele, era assim que tinha que ser e assim foi, só assim eles eram felizes. - Por Isabella Cancio.

Don't go away.


Como eu não queria saber do fim antes do começo, mas apenas descarregaram toda a verdade sobre mim, sem dó nem piedade, tudo aí, coma o quanto quiser, absorva quanto quiser e chore até explodir, mas tudo está ai pra quem quiser ver. Eu amo verdades, elas não me ferem e nem me abalam, mas essa doeu de uma forma entorpeceste, fiquei fria, gelo, estagnada. Eu não quero e nem posso te perder, posso te falar isso? Essa é a minha verdade, eu não quero que seja sem você, por favor não se vá. Tinha que virar realidade dessa vez, só dessa vez, por que já vejo o fim? Vejo que na sua vida, o meu espaço se extinguirá e o seu ficará em aberto na minha, me causando uma dor e um vazio infinito. Sabe o tal do infinito? Ai está um dos motivos dele. Eu preciso esquecer desse fim, quero gravar cada palavra doce sua, cada vírgula pra que quando você se for, eu possa me confortar nessas lembranças. - Por Isabella Cancio.
Sou inteira, me basto, mas sou um inteiro em pedaços. Um cubismo humano ambulante, para ser apreciado por quem estiver disposto, e até ser incrementada por quem se dispor a isso, mais saudades, mais amor, mais corações partidos, mais pedaços de você em mim e mais pedaços de mim em você, inteira em pedaços. Eternamente em composição. - Por Isabella Cancio.
Se é pra desejar algo bom, fecharei os olhos e desejarei que todos os que estão distantes se acheguem. E que nunca mais se afastem. - Por Isabella Cancio.