quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Alma gêmea.

E eu que não acreditava que alma gêmea poderiam existir, pois bem, esses dias fui pega pensando nisso e muito pior: acreditando nisso. Como pode dois seres que não foram criados juntos, sem laços (até então) serem tão semelhantes? Todo mundo conhece essa história de alma gêma, metade da laranja, dois em um, mas sabe, almas gêmeas não tem que ser necessariamente como a sociedade impõe e idealiza.
Um casal de duas pessoas parecidas, que se completam e são felizes pra sempre por conta disso, é difícil colocar em alguém a responsabilidade de te completar, não acha? Até porque se fosse tão necessário esse complemento você nasceria grudada nela, mas não é o que acontece.
Carne e unha, metades da laranja, dois amantes ... frases bem conhecidas quando o assunto em questão é esse: a sua cara metade. Mas sabe, as coisas não precisam ser como idealizam por ai. Na verdade, você não precisa ser casado com a sua cara metade, ou namorar, ou manter relações sexuais, nada disso, você no mínimo tem que te - la ali ao seu lado, te acompanhando. Não é necessário ser possuidor dela pra você saber que é a sua versão no outro sexo, mas te - lo ali sempre que necessária é reconfortante, alguém que você sabe que vai te entender, que pensa como você e talvez tenha até aquelas manias um tanto quanto estranhas, ele estar ali ao seu lado talvez apenas em silêncio basta, preenche mais do que as palavras mais belas do dicionário, só a presença basta.
É uma sensação de não estar sozinho no mundo engraçada, até porque existem bilhões de pessoas nesse mundão e apenas uma faz a diferença pra você não se sentir só. Mas é injusto dar a essa pessoa o cargo de te completar, de ser tudo o que falta em você, você é completo por si só só não percebe isso ainda, talvez a sua metade um dia te prove tudo isso nesse caminho longo que vocês percorreram lado a lado, seja como amigos, amores, amantes. Não queira ser dois em um, ou conhecer alguém igual a você para fazer de prisioneiro, queira apenas uma companhia agradável, que esteja ali mesmo que sem falar palavra alguma, mas que esteja ali. - Por Isabella Cancio.

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