quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Foi passado, é presente e não será futuro.

Eu adorava a forma que você me dizia que eu ficava linda bravinha, e gostava ainda mais quando me fazia ficar bravinha só para dizer isso. Me derretia por todas as vezes que me fez ficar preocupada com você, porque eu me sentia na obrigação de te proteger de todos, você era meu bebê e ninguém podia te fazer mal, nem eu mesma. Amava todas as vezes que você me convencia que eu era a única pra você, por mais ciumenta que eu fosse, eu sei que não se pode possuir pessoas, mas você era um pedaço enorme meu que eu não podia perder pra ninguém, você era eu sabe? Você me fazia sentir como a única garota no mundo, a única que conhecia o seu coração. Odiava brigar com você, mas de uma forma misteriosa fazer as pazes sempre era incrível e sempre me fazia fascinar mais por você, eu era completamente fascinada por você. Nossa, eu poderia citar aqui todas as qualidades que eu gostava em você, e todos os defeitos que eu amava, mas escrever todas essas coisas usando o tempo passado está machucando muito, me matando aos poucos e me fazendo ver a única coisa que eu não gosto em você: o jeito que você me faz sentir por estar partindo da minha vida, a única coisa que eu posso dizer no tempo presente. E dói ainda mais dizer que não chegarei a escrever nada nosso usando o futuro. - Isabella Cancio.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Linda Rosa.

Você vai olha - la e ver a rosa mais delicada que alguém já viu, com suas pétalas tão frágeis e quase intocáveis de tão perfeitas e sutis. Mas lembre - se: Até as rosas mais singelas e gentis tem seus espinhos afiados prestes a te ferir quando for preciso. Mas isso não faz da rosa má e nem a deixa menos bela, mas é que as aparências mais indefesas e belas são as que precisam ser mais duras e certeiras na hora de se proteger.  - Por Isabella Cancio.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Essa timidez que me consome.

Sabe aquela cena típica de filmes que a pessoa está num cômodo que é uma armadilha, e de repente as paredes começam a fechar ao redor da pessoa, a aprisionando e encurralando? Então, é assim que pelo menos eu me sinto em relação a timidez. 
Não é nada pessoal com você ou qualquer pessoa ao nosso redor, mas é que nós, os tímidos, simplesmente as vezes não conseguimos ultrapassar esse muro que inventamos em nossa mente que nos separa de você. Não é complexo de superioridade, nariz empinado ou qualquer outro desses comentários que são feitos, porque é isso o que as pessoas vêem, o que é mais cômodo pra elas, é apenas um medo de não agradar, do julgamento alheio. É como se naquele exato momento todos no recinto estivessem te olhando e julgando seus pontos fracos e defeitos, prontos para atirarem pedras.
É difícil pra nós quebrar essa barreira, mas gosto de pensar que os tímidos são um pouco mais seletivos que os extrovertidos, não que isso faça de nós mais especiais, apenas diferentes. E sabe por que digo seletivos? Porque não ousamos fazer essa travessia da timidez para a socialização se for por qualquer um, se realmente não valer a pena. Não é que todos não sejam bons motivos, mas quantidade nunca foi qualidade, apenas aspiramos que a pessoa nos dê um bom motivo para ultrapassar todo o medo e julgamento ao sairmos da nossa câmara que nos sufoca.
Acredite, escrever foi o meu ato mais corajoso para deixar a timidez. Porque escrever é concreto, não tem como você mudar nada, fora que a escrita não é só o que eu digo, e sim também o que vocês ai interpretam. E eu não vou poder dizer que palavras se perdem ao vento, estará tudo gravado aqui para quem quiser ler e entender, eu não vou poder contar com o esquecimento, existe algo mais corajoso que isso? Fora que você que lê qualquer coisa que eu escreva, deve me conhecer mais do que a mim mesma, poderá apontar cada vírgula e brecha da minha singularidade, simplesmente me entrego a vocês sem temor, acho que enfim venci a minha timidez.
E se você aí se for tímido como eu fui, se quiser, pode se mostrar a mim. - Por Isabella Cancio.