
Depois do efeito dos beijos sem compromisso, as pessoas alugam os ouvidos do primeiro que passar a sua frente queixando - se de solidão e rejeição. Mas a maioria persiste no erro de não querer ser de ninguém, mas querer que alguém seja seu. Mas além de persistir nesse erro, cometem outro, o de querer possuir pessoas, ai sim a situação torna - se caótica.
Como você pode perceber essa história fala de um sentimento: o Amor. Logicamente não poderei defini - lo pra você, até porque eu mesma não poderia fazer isso em alguns casos por não saber se aquilo realmente era amor, mas posso tentar achar que sei desse assunto(que fique claro que achar é a certeza do não saber).
Como já é sabido, a definição de amor é dois em um, que erro cruel. Para se ser dois, temos que aprender a ser um. Antes de amar outro, precisamos nos amar. Como você pode desejar que alguém te ame se nem você mesmo se ama ? Contraditório não? Já que o primeiro e o último amor é o amor próprio.
Então, depois que você aprende a se amar, a se achar linda e tiver a conciência de que só você pode se fazer feliz, você pode ir para a segunda parte: o amor entre duas pessoas, ai começa mais um dilúvio de erros.
Primeiro você deseja que alguém seja seu, mas pense, nem você mesmo se pertence, muito menos outra pessoa poderá te pertencer. Logo depois disso vem a falsa crendice de que quando se ama somos dois em um, que balela. Mal conseguimos ser uma pessoa completa sozinhos, imagina ser duas pessoas em uma? Fora que isso seria se anular, não existe duas pessoas iguais ao ponto de se tornarem um só, existe o fato de que uma pessoa é mais compativel com você do que outra, de que os defeitos dessa pessoa nós suportamos mais do que de outra.
Entenda que não podemos usar pronomes possessivos em relação ao amor, só pronomes do caso reto, pois eles é que são classificados como sujeito. Ao invés de querer chamar alguém de seu, queira chamar alguém de nós, pois assim você poderá ser junto com a outra pessoa, ser agente ativo da história que será escrita e vivida, o que o pronome possessivo não poderá fazer, ele só sofreria as consequências das suas escolhas, e até a onde eu sei não seria amor.
Amor não é só maos, braços, beijos, abraços, vai muito além disso, muito mais a fundo. E não saberia te dizer quanto tão profundo vai, e mesmo que soubesse, seria algo que você teria que descobrir sozinho, essa é a graça do amor: a descoberta. - Por Isabella Cancio.
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