terça-feira, 27 de abril de 2010

É tudo o jogo de azar, eles dizem no país das maravilhas!

Alice está no seu país das maravilhas, mudando de tamanhos, conhecendo a si mesma a cada minuto diante de tantas mudanças no seu dia. Ela se apaixona pelo chapeleiro, não se atrasa com o coelho e pra variar começa um desacordo com a rainha de copas, tudo muito trivial a todos.
Mas Alice teria ido pra esse seu mundo encantando numa tentativa desesperadora de fugir da sua cruel realidade, ela estava cansada de tanta hipocrisia, futilidades e tudo mais. Alice queria ser louvada por outra perspectiva, não só pelo seu exterior e sim pelo seu interior, o que afinal é o que realmente importa. Alice já estava razoavelmente machucada, ferida, saturada, precisava por alguns momentos esquecer-se disso tudo e viver num mundo maravilhoso, pelo menos aparentemente.
E então Alice mergulhou de corpo, alma e coração nesse mundo, sem temer nada, até porque nada poderia ser pior que a sua realidade e esperava ela que esse mundo fosse maravilhoso, mágico, mas mais uma vez Alice se enganou.
A princípio, tudo realmente parecia novo e mágico, tão perfeito que era quase inabalável Alice chegou a achar seu príncipe encantado. Convocou um exército de amigos fieis e verdadeiros, sempre ali por ela, pelo menos até onde ela achava.
E então Alice continuou a mergulhar, já que estava tudo como ela esperava, mas quanto mais fundo ela ia, mas sem encanto o universo paralelo dela ficava e isso começou a frustrá - la.
E Alice começou a ver os traços tão temidos da sua realidade se repetir na sua fantasia, tadinha da sonhadora Alice, trocou o sujo pelo mal lavado. O príncipe a usou como aquele seu querubim sabe, as namoradas dos seus amigos os afastavam dela, com medo dessa amizade deixar de ser preta e branca e se tornar colorida. Tadinha da Alice via as coisas das quais ela mais fugia se repetir, e seu coração ia se quebrando cada dia mais, dessa vez não teria poção da rainha branca que a fizesse voltar a ter um coração novo.
E então Alice começou a se questionar se realmente valia à pena sofrer em dobro, passar por seus medos duas vezes, duplicando assim a tristeza. Como qualquer pessoa diante disso, Alice ia perdendo o encanto pelo seu país das maravilhas, pensando em tão que se é pra sofrer as mesmas coisas, que se escolha então um único caminho para isso. De repente chegará um momento que Alice prefira optar por só um universo sofredor e de repente o seu país das maravilhar não seja a sua opção principal. Talvez Alice canse de ser tachada como " Alice in wonderland" e prefira o seu mundo real mesmo. - Por Isabella Cancio.

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