terça-feira, 2 de março de 2010

O doce veneno de um querubim


Desde de que sentiu o toque do dono daquela pele branca como a neve ela nunca mais foi a mesma. Sempre que via aquele cabelo lisinho, loiro como um anjo seu coração quase pulava para abraça - lo, aquele abraço acolhedor, era como se nada de ruim acontecesse no emaranhado daqueles braços que não eram fortes, mas eram confortavelmente aconchegantes. Não precisou de muito pra que ela se apaixonasse, principalmente depois do beijo, ai sim os sintomas da famosa "paixonite aguda" evidenciaram - se de vez. Toda vez que ela o beijava era como se provasse de um mel tão doce, que sua vontade era se lambuzar daquele doce sem um fim. Porém, não era bem assim que aquele menino com características de anjo (aparentemente) a via, e aquele melado começou a se tornar o veneno mais doce o qual ela provou, e quanto mais se lambuzava, mais ela queria e mais a matava gradativamente, de uma maneira incrivelmente prezerosa, esse sim é o pior dos venenos. E aquele falso anjo começou a mostrar as suas asinhas, e acredite, ninguém ia querer ve - las como a doce menina, pois de angelical ele só tinha a aparência, pois o sentimento carnal o tomava cada vez mais em relação a ela, enquanto ela, tadinha dela, se lambuza mais com o doce veneno. Mas quando ela foi provar das últimas gotas fatais do veneno, ela resolveu parar, já estava satisfatoriamente envenenada, já bastava pra ela, mas não pra ele, pois a menina começou a ver o quanto aquele veneno a corrompeu em relação a ele, e que de doce era só o gosto mesmo, pois a sensação era amarga, afinal ele não a amava, ele só desejava a sua corrupção pelo veneno e futuramente a sua fatal morte por ele. E então a menina foi morrendo aos poucos, não como efeito do doce veneno, pois em relação a ele o antídoto foi bem eficaz, mais sim com o efeito do terrível sentimento de desilusão. Porém, parece que esse querubim acabou se apaixonando pela sua vítima, e ela enfim começaria a ouvir as doces palavras que tanto queria na época que se corrompia pois ele começaria a provar do seu próprio doce veneno corruptor, mas será que agora o antídoto deixará essas doces palavras corromperem a ingênua menina outra vez ? - Por Isabella Cancio

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